sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Saudade...



Não há um dia em que não pense em abrir o computador e ler:
"Saudades, lindão!" "Saudades, cabeçudo!""Saudades, moço!""Saudades..."
Talvez eu não tenha dado tempo à saudade;
Talvez eu não tenha dado espaço para que sentisse saudade;
Talvez não exista mesmo a saudade;
Talvez nunca tenha sentido...saudades.
No fim das contas, a saudade, apesar de dolorida, é uma coisa boa; Quer dizer que foi importante...que marcou...que ainda é especial.
Prefiro não dar espaço pra que sintas saudades do que ausentar-me como amigo...
Portanto, digo:"Tô aqui!Saudades!"

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Eu Acho...


Quando nos propomos a expressar nossos pensamento e opiniões a respeito de algum assunto, devemos ter cuidado ao utilizar a famosa frase: “eu acho que...” Essa cultura de comentar sem propriedade, sem conhecimento, deduzindo pela experiência pessoal algo que não tem certeza é sobremaneira deselegante e desonesta.
Quem “acha” não tem certeza sobre o que está sendo tratado ou exposto. Diferente de quando diz : “penso que...”, quando ,aí sim, está demonstrando como se posiciona a respeito da questão. Mesmo porque quem acha, ainda está procurando uma certeza de onde é a rua, que medicamento pode ser utilizado, o sobrenome do vizinho, qual o valor da taxa, o nome do hospital, o número do telefone, o nome do pai da namorada...
Quando não temos certeza sobre determinado assunto ou informação, devemos dizer que não sabemos ou simplesmente não opinar. É muito mais digno, honesto, educado não dar opinião se não há um fundamento.
O achismo torna-se uma arma, mesmo de forma inconsciente. Dizer o que acha de alguma coisa não faz dela uma verdade absoluta. No caso, é a sua verdade ou o que quer que os outros pensem que seja a verdade.
Um exemplo comum: “O tigre é o animal mais lindo de todos”, Essa é a sua opinião, a sua verdade, e não necessariamente a verdade coletiva e absoluta. O “achar” pode ser visto como crime, a partir do momento em que coloca em risco e dúvida a idoneidade e a vida de alguém. Julgar pessoas com base em achismos é extremamente perigoso. Claro que ter opinião é direito de todo mundo, é a sua voz expressando o que pensa sobre determinado assunto, porém há de se observar que isso não torna o fato verdadeiro ou simplesmente lúcido, implicando, inclusive, com a vida de terceiros. Lembrando que verdade não se impõe, que cada um tem a sua, e que deve ser medida, pesada com base na coerência. A não ser, é claro, que você tenha sido testemunha ocular do fato.
Quem sabe sobre um fato diz com convicção e tem fundamentos ao se expressar...houve base, pesquisa. Diferente de quem acha que sabe...
Achismo, quando estamos querendo saber a opinião de alguém sobre algo, não é errado. O problema está quando há imposição do que pensa ou supõe saber. Quando isso vai de encontro à ciência, por exemplo...afinal, todos pensam ser médicos, físicos, químicos, professores, juízes esportivos e por aí vai...
O assunto é discutível. “Acho que foi Maria quem bateu em Zezinho” soa como intriga, fofoca...”Penso que Maria bateu em Zezinho”, expressando assim uma opinião mais consistente e segura do fato. Quando digo: “Acho que todos devem ser felizes” não passo a mesma segurança quando digo que “penso que todos devem ser felizes”. No segundo exemplo, a palavra “penso” tem um peso mais forte, no sentido de “acredito” e não de dúvida, como o “achar”, que também expressa o pensamento mas que soa duvidoso. Daí temos agora uma questão intrigante: a forma de como são ditas as palavras “acho” e “penso”...a entonação. Fato também de que o “acho” ficou desacreditado... "Torceram tanto o nariz pro acho que agora eu acho que achar é errado". Uma batalha entre “acho” versus “penso”.
E não falamos de uma outra forma de achismo...o das pessoas que se acham superiores por ocuparem algum cargo de destaque, se acham mais bonitas, mais interessantes, mais espertas, mais elegantes, mais inteligentes, mais engraçadas, ricas, independentes, pudicas, santas, donas da razão... Esquecem, muitas vezes que não são, mas estão somente ocupando cargos, gerenciando pessoas, trabalhos...e que podem ser substituídas, excluídas ou ainda ter seu mandato encerrado, mesmo pelo tempo.
O que dizer sobre tudo isso? Apenas o que eu “acho”: pratique o uso do bom senso...sempre!